Relação entre mandíbula e coluna cervical
Tudo indica que existe uma íntima relação entre comprimento mandibular e a curvatura da coluna cervical.
Estudos demonstram que indivíduos com um menor comprimento mandibular (classe II esquelética) apresentam um aumento da curvatura cervical e, consequentemente, aumento das outras curvaturas da coluna.
O contrário também é verdade. Pessoas com um maior comprimento da mandíbula (classe III esquelética) tendem a ter uma retificação cervical.
Nestes casos, o aumento ou a retificação da coluna cervical podem gerar a longo prazo dores localizadas ou pinçamentos (desgastes ósseos acentuados ou bloqueios articulares), diminuindo a qualidade de vida destes indivíduos.
O dentista é fundamental neste tratamento, pois ele pode controlar o crescimento mandibular, seja para estimulá-lo ou freá-lo, resultando em um crescimento equilibrado e, provavelmente, uma correção ou melhora da coluna. Isso deve ser feito em uma época oportuna, ou seja, o mais cedo possível e muitas vezes, ainda em dentição decídua. Neste caso, a Ortopedia Funcional dos Maxilares é imprescindível.
Aguardar a troca dos dentes para tratar com aparelhos fixos pode ratificar a deformação na coluna, perpetuando o problema.
Extrações dentárias em pacientes classe II, significa corrigir dentes e manter a mandíbula pequena, mantendo a acentuada curvatura cervical e deixando de lado a saúde geral do paciente.
Às vezes pode parecer que o caminho mais seguro é seguir o protocolo que é usualmente empregado. Mas e se esse paciente fosse o seu filho, qual seria a sua escolha?